terça-feira, 2 de março de 2010

Sabe, era como se ela estivesse dentro de um carro, ocupando constantemente o banco do passageiro. Às vezes, tinha outra pessoa sentada ao lado, dirigindo, sem rumo. Antes as portas permaneciam fechadas. Ela decidiu então, abrir uma janela e pela janela aberta, ela conseguiu ver um pedacinho do mundo e começou a dividir o carro.
Por alguma razão, o banco ao lado sempre voltava a ficar vazio. Não sei, acho que as pessoas que dirigiam o carro chegavam onde queriam chegar, então abriam a porta e saíam. E ela ficava lá, esperando a próxima pessoa que guiaria o carro. Até que cansou. As pessoas ainda a deixam de vez em quando, mas não faz tanta diferença, são só pessoas no banco do passageiro. Ela consegue guiar o carro, sozinha agora.


Escrito a ti por: Monica Vaz